23 de fevereiro de 2010

Não à lei anti-gay.

Pedimos a colaboração de todas/os, esta é uma petição que tem como objetivo, frear uma proposta de lei anti-gay. Está lei permite condenar homossexuais da Unganda a prisão e a pena de morte.

Para a assinar petição e ter mais informação acesse o link a baixo.

https://secure.avaaz.org/po/uganda_rights_3/97.php?cl_taf_sign=6ai2LlxC

10 de fevereiro de 2010

MORAL DIVINA OU INFERNAL?

Quando a mulher e o homem arraigados de (pré)conceitos machistas, tomam a iniciativa de oprimir outras mulheres, além de homens que fujam a norma, ou então transformam seus preconceitos em regra ou lei por acreditar que é a coisa certa a se fazer, visando a “boa” construção da comunidade, o que acontece é que se vê setores dominantes da sociedade marginalizando e criminalizando mulheres na prostituição, como se partissem do pressuposto de liberdade absoluta para se escolher a profissão. Parece fácil aceitar a violência contra elas nas ruas por meio dos policiais ou transeuntes, como quando no Rio de Janeiro um grupo de jovens, na maioria universitários, tentou justificar o espancamento contra uma empregada doméstica, que aguardava de madrugada a sua condução de casa ao trabalho, dizendo que o fizeram por a confundiram com uma prostituta! Partindo do princípio de que isso diminuiria a gravidade da ação, já que “raciocinaram” através de um comportamento socialmente aceito que é a brutalidade contra mulheres marginalizadas, tomamos um fôlego para rapidamente analisarmos tal realidade, e nos vem a pergunta já desgastada: em que Mundo vivemos?

É a mesma pergunta que se têm ao ver o vídeo em que mulheres afegãs são espancadas e despidas na Índia em praça pública, com a justificação dos discursos morais e religiosos. Percebamos que, de forma geral, para o povo afegão a nudez é absolutamente vergonhosa, não nos cabendo discutir aqui os motivos dessa vergonha. Essa mesma nudez foi utilizada por estadunidenses contra presos políticos afegãos nas prisões em Guantánamo, os ameaçando e os torturando, além de tudo, psicologicamente. Os dois casos, das mulheres e dos presos políticos, são caracterizados como tortura injustificada (como qualquer outra tortura), além de observarmos interesses econômicos dissimulados e trajados de uma defesa, como já dito, moral e religiosa, bem como ironicamente por parte dos EUA, uma defesa da liberdade. Na verdade o que vemos é a opressão de pessoas segundo interesses econômicos ocultados no discurso, mas muito claros na prática, quando esse ato na Índia acontece para expulsar mulheres estrangeiras já marcadas por motivos de ocupação territorial e empregatícia, assim como já é bastante conhecido o motivo das investidas estadunidenses no Oriente Médio, ou seja, o petróleo. E isso sem mencionar a violência que se dá contra as brasileiras e brasileiros, que em terras estrangeiras na busca por melhores condições de vida, acabam por se entregar a prostituição.

Tudo graças à imposição de moralidades sociais e religiosas, que nos faz, por fim, acreditar que quem vive no paraíso dita as regras do inferno.